A prova Ushuaia Loppet faz parte do circuito World Loppet, que compreende provas em vinte diferentes países (entre eles a Suécia), sendo a Argentina a primeira a receber esta prova na América do Sul.
Tudo teve início no Congresso Técnico, com ricas oportunidades de conversas com finlandeses, tchecos, australianos, americanos, além de, claro, argentinos e alguns brazucas.
No sábado, às 8h15, partida para o Centro Invernal Tierra Mayor, para largada às 10h15..
Lugar lindo demais, cercado de montanhas cobertas de neve. O traçado da prova prometia cenários incríveis, e cumpriu o prometido. Cada trecho era mais encantador que o outro.
Largada da prova, com 130 pessoas de vinte países. Ritmo forte e coração acelerado (tem vídeo da largada).
Após cerca de 6km começou o trecho em meio aos bosques, com subidas e descidas fortes.
Após vencer a primeira volta de 21km, e já conhecer então o traçado, parti com mais confiança ainda para completar a prova. A estrutura de apoio foi ótima, com água, chocolate, energéticos, passas e muito mais. E os voluntários todos muitos simpáticos.
O ritmo estava muito bom, e eu estava sentindo-me forte. Eu já imaginava concluir a prova com 3h40min, quando, no km 38, na última descida forte, que é bem íngreme, desequilibrei e caí, girando o corpo e travando um dos esquis entre duas árvores próximas à pista, quebrando literalmente meu esqui ao meio. Naquela altura da prova, o tempo estava em 3h20. Então, como não aceito bem a palavra desistir, segui os 4km finais esquiando numa perna só, levando o esqui quebrado e inútil ainda preso à bota, para não ser desclassificado.
À medida que as pessoas vão passando na pista, ela se torna mais dura e com uma capa de gelo que torna o controle mais difícil, principalmente nas descidas. Fica a dica para a Suécia, onde 15,8 mil pessoas vão detonar aos poucos a pista. Paciência, e mais uma lição aprendida.
Cheguei com 4h20, de forma bem "diferente", num esqui só.
Além de cruzar a linha de chegada e com isso cumprir a missão, tive como prêmio dois abraços.
Um casal de finlandeses (cujos habitantes são sempre frios), correu para me abraçar de forma sinceramente carinhosa, o que me gratificou o esforço dos últimos 4km.
Agradeci a Deus a lição sobre autossuficiência em demasia (na última descida, estava "me achando". Nada como um imprevisto para atenuar o orgulho e aumentar a precaução.
E agora, é foco total no que realmente interessa: a entrega de alimentos na semana que vem!!!
Tudo teve início no Congresso Técnico, com ricas oportunidades de conversas com finlandeses, tchecos, australianos, americanos, além de, claro, argentinos e alguns brazucas.
No sábado, às 8h15, partida para o Centro Invernal Tierra Mayor, para largada às 10h15..
Lugar lindo demais, cercado de montanhas cobertas de neve. O traçado da prova prometia cenários incríveis, e cumpriu o prometido. Cada trecho era mais encantador que o outro.
Largada da prova, com 130 pessoas de vinte países. Ritmo forte e coração acelerado (tem vídeo da largada).
Após cerca de 6km começou o trecho em meio aos bosques, com subidas e descidas fortes.
Após vencer a primeira volta de 21km, e já conhecer então o traçado, parti com mais confiança ainda para completar a prova. A estrutura de apoio foi ótima, com água, chocolate, energéticos, passas e muito mais. E os voluntários todos muitos simpáticos.
O ritmo estava muito bom, e eu estava sentindo-me forte. Eu já imaginava concluir a prova com 3h40min, quando, no km 38, na última descida forte, que é bem íngreme, desequilibrei e caí, girando o corpo e travando um dos esquis entre duas árvores próximas à pista, quebrando literalmente meu esqui ao meio. Naquela altura da prova, o tempo estava em 3h20. Então, como não aceito bem a palavra desistir, segui os 4km finais esquiando numa perna só, levando o esqui quebrado e inútil ainda preso à bota, para não ser desclassificado.
À medida que as pessoas vão passando na pista, ela se torna mais dura e com uma capa de gelo que torna o controle mais difícil, principalmente nas descidas. Fica a dica para a Suécia, onde 15,8 mil pessoas vão detonar aos poucos a pista. Paciência, e mais uma lição aprendida.
Cheguei com 4h20, de forma bem "diferente", num esqui só.
Além de cruzar a linha de chegada e com isso cumprir a missão, tive como prêmio dois abraços.
Um casal de finlandeses (cujos habitantes são sempre frios), correu para me abraçar de forma sinceramente carinhosa, o que me gratificou o esforço dos últimos 4km.
Agradeci a Deus a lição sobre autossuficiência em demasia (na última descida, estava "me achando". Nada como um imprevisto para atenuar o orgulho e aumentar a precaução.
E agora, é foco total no que realmente interessa: a entrega de alimentos na semana que vem!!!
Grande aprendizado, Roberto! Chegar no Vasaloppet com experiência dessa do que pode dar errado, é fantástico!! Um parabéns maior ainda por esta determinação de completar em um esqui só!! :)
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